10 Atividades de Grande valor cognitivo, ideais para os momentos ociosos

  • 4 de abril de 2016

Em busca de recheio para sua ociosidade o homem criou uma atividade recreativa que chamou de passatempo. Trata-se de um processo onde, por ter se tornado um incômodo, de repente, seu tempo livre, parece não ter nenhuma utilidade para si, logo, de alguma forma, precisa ser gasto. É claro que o dia de uma criança ou jovem, pelo menos quando o assunto é o preenchimento do seu tempo com os compromissos obrigatórios, não se compara ao de um adulto.

As obrigações formais de uma criança são mínimas, enquanto que, no caso do adulto, são máximas. Por isso, via de regra, para as crianças, a despeito das obrigações escolares e suas respectivas tarefas, sempre há mais tempo livre. Uma ociosidade que não precisaria ser ocupada na íntegra com os passatempos – o que constitui um grande desperdício –, especialmente aqueles sem nenhum valor prático, quer dizer, sem nenhum potencial cognitivo útil.

E por não ensinarmos às nossas crianças como usar de forma produtiva seu tempo livre, acabamos por criar o adulto que cultua a inutilidade como se fosse uma verdadeira doutrina existencial. Mas, ainda podemos mudar isso, e sem muita complicação, com pequenas práticas, que se assemelham a atividades recreativas.

Eis uma pequena lista de atividades profícuas e de grande valor cognitivo, que poderão ser implementadas no dia a dia de qualquer um sem custos, de forma natural e sem muita resistência. E acredite, algumas delas poderão se transformar em hábitos produtivos, que acabarão por se incorporar ao seu acervo comportamental de forma positiva, sem que percebam.

Eis a lista:

  • Criar uma pauta de estudos para ocupar seu tempo ocioso. Por isso é importante descobrir quais os assuntos com os quais mais se identificam. Esse é um hábito que além de melhorar o conhecimento pessoal é disciplinador.
  • Por incrível que pareça, ler quadrinhos pode ser uma excelente forma de criar gosto pela leitura, e também qualificar o vocabulário e a escrita. O problema é escolher as publicações certas. Prefira aquelas que não enfatizem apenas os temas relacionados com a violência, que ensinem alguma coisa, mesmo que seja aquilo que parece óbvio. Afinal de contas, quando o óbvio serve para reforçar um preceito moral ou prática edificante, isso sempre é bem vindo.
  • Nessa mesma pauta entram os filmes de ensinamentos, edificantes e documentários. E, mais uma vez é preciso ter gabarito para fazer a escolha certa. E como os filmes possuem grande potencial para formar opiniões, criar ou reforçar comportamentos, uma má indicação pode significar um prejuízo psicológico sem volta.
  • Atribuir a tarefa de fazer pequenos reparos, limpeza, e organizar as coisas dentro de casa. Poderão começar com suas gavetas pessoais e armários. Depois com a remoção do pó que se acumula em seus brinquedos ou pertences, sempre cuidando de orientar sobre os corretos procedimentos, de modo a evitar que a poeira venha a causar problemas de saúde. Com isso se tornarão mais responsáveis e organizadas, e logo terão uma maior preocupação com o asseio de qualquer ambiente da casa, ou de outros que frequentam fora desta.
    • Ajudar os pais em pequenas tarefas domésticas. E sempre cuidando de explicar o motivo de cada procedimento ou ato. Pode ser na elaboração da lista de compras, ou no acompanhamento dos gastos mensais. E que tal perguntar para elas, já que estão de posse dos gastos de vários meses, onde é possível economizar, ou se existem alternativas para o consumo de “certos” itens, e talvez a até repensar a necessidade de outros.
    • Atribuir a elas uma responsabilidade pode ser uma excelente forma de ensinar organização, disciplina e fazê-las sentirem-se importantes. Por exemplo, poderão ficar responsáveis pelo controle e verificação regular do prazo de validade dos alimentos e produtos estocados, inclusive aqueles que estão congelados.
    • E que tal aprenderem sobre o valor nutricional dos alimentos? Sobre as vitaminas? O modo correto de preparo e armazenagem; e os funcionais, aqueles que servem como remédios? Poderão pesquisar sobre tudo isso na própria internet, ou de posse de bons livros. Desse modo, de fato irão usar a internet de forma profícua e esclarecedora, um tempo ocioso, agora gasto na aquisição de importantes conhecimentos úteis.
    • E para distrair, descubra jogos educativos que exercitem a memória, a lógica; e os jogos associativos, aqueles capazes de criar e fortalecer as novas sinapses cerebrais. Lembre-se dos jogos dos erros, e outras atividades lúdicas onde a reflexão ou atenção seja mais importante que o simples reflexo motor.
    • Use sua imaginação e decerto vai encontrar outras tarefas que poderão ser usadas como passatempos, que, entretanto, ao contrário da abordagem tradicional, um tempo gasto de forma inteligente e realmente produtiva.
    • No entanto, não seria nenhum excesso ou pecado, uma vez ou outra, depois que estiverem conscientes de todo esse processo, gastar seu tempo como bem entendessem. Mas sempre de olho na utilidade de cada coisa, e o mais importante, de forma comedida.