A ideia do projeto é que o bebedouro seja autossuficiente em geração, armazenamento e consumo de energia elétrica.
Durante os dias 4, 5, 6 e 7 do mês de novembro de 2015, a Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, URI – São Luiz Gonzaga, realizou o 9º Colóquio Internacional Inovação, Tecnologias e Desenvolvimento. Entre os diversos trabalhos apresentados no evento, ganhou notoriedade o projeto de instalação de um bebedouro público capaz de gerar, armazenar e controlar de forma autônoma a energia elétrica necessária para o seu funcionamento.
O projeto publicado em forma de artigo foi desenvolvido e apresentado pelo acadêmico do 8º semestre do curso de graduação em Engenharia Elétrica, José Severiano Borges da Rosa, durante a disciplina de Projeto Interdisciplinar, ministrada pela professora mestre Grazieli Gambin, que foi também a orientadora do projeto.
Simulação do bebedouro público na Praça Cícero Cavalheiro
De acordo com o acadêmico, o objetivo do trabalho é facilitar o acesso da população frequentadora da Praça Cícero Cavalheiro à água potável e refrigerada, tendo em vista a imensa procura do referido local para a prática de exercícios físicos e a inexistência de um ponto de distribuição de água potável de fácil acesso no centro esportivo.
O projeto se destaca por ser um bebedouro com um sistema de gerenciamento capaz de gerar sua própria energia, armazená-la e gerenciar o funcionamento de seu refrigerador. A energia produzida por painéis solares será armazenada em um banco de baterias, e o funcionamento do bebedouro será definido de acordo com a temperatura ambiente, monitorada através de sensores dispostos junto ao equipamento.
Outro ponto a ser ressaltado é o fato de que o bebedouro funcionará de forma autônoma, sem a necessidade de intervenção humana. Este fator contribuirá de forma significativa para o controle da geração de energia e o consumo do equipamento, que terá seu funcionamento adequado às condições de temperatura e período do dia, tornando-o mais eficiente e diminuindo os custos com instalação.
Conforme o projeto, o sistema de geração de energia é composto de dois painéis solares que, juntos, serão capazes de gerar 500 watts de potência de pico em dias de sol pleno. O autor do projeto justifica a escolha deste método de geração pelas diversas vantagens que este modelo apresenta em relação às fontes tradicionais e, também, pela enorme quantidade de irradiação solar que incide sobre a região, tornando-a mais atrativa para a geração solar que qualquer país da Europa.
Orientadora do projeto, Grazieli diz que a concretização do projeto será relevante para demonstrar que os conhecimentos construídos academicamente, ao longo do Curso de Engenharia Elétrica, podem ser aplicados para o desenvolvimento de ações capazes de assegurar melhorias na qualidade de vida da população, demonstrando a importância da interligação entre conhecimento e realidade prática.
José Severiano e Grazieli Gambin durante a apresentação do projeto
O próximo passo, segundo José, é encontrar um investidor que possa viabilizar a construção do equipamento. Caso isso ocorra, seu funcionamento, bem como a viabilidade do projeto, poderá ser criteriosamente analisado e publicado em um novo trabalho que contemplará diversos aspectos de seu funcionamento na prática.
Fotos: José Severiano Borges
